Título:

A informação musical construtora da identidade negra: o funk como fenômeno cultural, social e político e sua criminalização

Autor (a):

Lucas Coelho Cruz (Lattes)

Resumo:

O Funk é um movimento musical, cultural, político e social, oriundo das favelas da cidade do Rio de Janeiro. O fenômeno traz em seu contexto práticas culturais produzidas majoritariamente pela população pobre e negra, pois nasceu e se desenvolveu nas comunidades cariocas, abordando a pobreza e a violência vivenciadas por aquele povo. A presente investigação discute não só a problemática sociojurídica do Funk e sua criminalização, mas, sobretudo, os aspectos conceituais e epistemológicos da informação conexas ao movimento funkeiro, com vistas a esclarecer que a informação musical, presente no Funk, é um fruto e, ao mesmo tempo, instrumento impulsionador da construção da identidade coletiva negra. O problema consiste no seguinte questionamento: Qual a contribuição do Funk como movimento social, político e cultural em contraponto à tentativa de criminalização no contexto do papel crítico da Biblioteconomia contemporânea? A hipótese apresentada elucida que o Funk contribui como manifestação que emana do povo de ordem social, política e cultural, uma vez que seu nascedouro de cunho popular abrange vivências coletivas. A pretensão por sua ilicitude está ligada ao racismo com a população negra, sobretudo, favelada. Nesse contexto, a Biblioteconomia pode exercer um papel de excelência quando da mediação da informação presente no Funk e disseminada à população. O projeto tem como objetivo geral discutir o processo de construção coletivo da identidade negra a partir da informação musical presente no Funk. Enquanto os objetivos específicos são: identificar, através de uma abordagem histórica, sociológica e comparativa que o Funk é um movimento artístico e cultural, como também compreender a motivação da sociedade e do Poder Público em criminalizar o Funk. A metodologia é de cunho exploratório, descritivo e bibliográfico, sendo empregados os métodos dialético, histórico e comparativo. Houve uma coleta de dados junto a plataforma digital KondZilla, o maior canal de música de periferia do YouTube, cujo recorte quantitativo são os videoclipes publicados com mais de 270 milhões de visualizações, levantamento que foi atualizado até o dia 15 de abril de 2020, sendo recuperados 20 registros que serão verificados pelo método de análise de conteúdo. O produto será a confecção de uma cartilha, intitulada: ‘Funk, educar ou criminalizar?’. Nela serão trabalhadas as perspectivas músicas narradas com um caráter educativo, elucidando pontos importantes da pesquisa.

Palavras-chave:

Informação Musical; Identidade Negra; Funk

Orientador (a):

Luiz Manoel Lopes

Linha de pesquisa:

Informação, cultura e memória

Data de Defesa:

31/07/2020

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